sexta-feira, 19 de julho de 2013

Paixão e Fervor



Muitos começam seu ministério bem, com fome de Deus. Começam com três células, multiplicam-se e tornam-se discipuladores. Alguns escrevem livros, revistas, materiais que edificam, gravam CD’s. Começam apaixonados e fervorosos, mas infelizmente perdem a paixão e o fervor. Precisamos ter fome e sede de Deus. Precisamos ter paixão por Ele, fervor ao servi-Lo. Você está servindo a Deus de forma apaixonada e fervorosa? A paixão pode ser definida como um sentimento ou uma emoção levados a um alto grau de intensidade. Ela é caracterizada ainda como um amor ardente, um entusiasmo vivo. Fervor, por sua vez, é o ato de ferver continuamente, calor, ardor de energia, dedicação e zelo. Ser apaixonado e fervoroso de espírito é algo que deve ser constante em nossas vidas. Muitos começaram bem. Começam servindo ao Senhor, com o desejo de ganhar vidas, de se tornar líderes, discipuladores, mas desistem, porque perdem a paixão, o fervor de servir a Deus.
Nunca podemos deixar que a paixão e o fervor diminuam em nosso ministério. Se você foi salvo, crê que Jesus o lavou e o salvou dos seus pecados, você tem um ministério, tem um chamado da parte de Deus. Ele o escolheu, marcou e tem um propósito para sua vida. Deus já liberou uma palavra a seu respeito – você foi comissionado pelo Senhor para ministrar a outras pessoas. Se quisermos algo em Deus, temos de pagar o preço. Muitas pessoas não têm algo em Deus porque não pagam o preço. Elas têm uma palavra, mas não pagam o preço pelo chamado, vivem de qualquer maneira, lideram, discipulam de qualquer maneira. Por que alguns nascem no fogo e terminam na cinza? Porque falta paixão e fervor. Mas porque nos falta paixão e fervor?
1 – As coisas preciosas se tornam comuns e sem valor
Perdemos a paixão e o fervor quando não valorizamos mais nossos alvos, objetivos e aquilo que primordial em nosso ministério: oração e leitura da Palavra. Quando essas coisas se tornam comuns e sem valor, é o primeiro sinal de que estamos perdendo ou perdemos a paixão. Paixão é uma coisa preciosa que Deus valoriza. Às vezes, as pessoas ficam fracas e nos procuram porque estão muito tentadas ou até mesmo pensando em desistir. Nessas circunstâncias, eu sempre pergunto: “Como está o seu devocional?”. Não temos de orar e ler a Bíblia somente porque queremos preparar um estudo para a célula. Nós oramos porque somos apaixonados pelo Senhor, e por isso temos intimidade com Ele.
Nossa geração é de jovens superficiais, rasos em Deus, leves, sem peso. Sua palavra, seu aconselhamento, sua mensagem não têm peso, porque estão perdendo a paixão e o fervor. Não devemos abrir mão da oração e da leitura da Palavra, porque isso é a chave para termos um coração ardente e fervoroso para servir a Deus. Se não tivermos comunhão com Deus, nossa paixão e fervor irão diminuir. Pode ser o discipulador mais habilidoso, com muitas estratégias para levar vidas ao encontro, que faz muita coisa, se não tiver comunhão com Deus, mais cedo ou mais tarde, a paixão e o fervor diminuirão, e a obra de Deus passará a ser um fardo, um julgo. Precisamos valorizar o que Deus valoriza. Oração é uma coisa primordial em nossa vida. Jesus teve uma vida de oração e comunhão com a Palavra de Deus.
2 – Começamos a depender de coisas externas
Perdemos a força de Deus em nosso coração quando começamos a depender de coisas externas. O que deve mover nosso ministério é a força de Deus em nós, e não os fatores externos. Se você serve a Deus, então precisa depender d’Ele, e não dos homens. É o Senhor quem paga nosso salário e abre as portas. Não importa onde ministraremos, para quantas pessoas vamos ministrar, isso não deve alterar nosso fervor e paixão. Quando formos ministrar, não devemos nos preocupar com quanto vamos receber, mas com quanto podemos dar para as pessoas que estarão recebendo. Quando você for ministrar, não tenha um coração focado em quanto vai ganhar, mas o que você vai dar. Não podemos depender de elogios. Há muitas pessoas na igreja que estão buscando reconhecimento, coisas externas. Quando queremos aceitação, aplausos, aprovação, não dependemos completamente de Deus. O ministro apaixonado tem todas as suas fontes no Senhor (Sl 87:7).
3 – Vivemos em um mundo cada vez mais apático e dominado pelo Diabo
Vivemos em um mundo apático porque nos falta paixão e fervor. Esse é o retrato do nosso mundo. Há pessoas que são apegados a esta vida, às coisas do mundo, estão com o coração nisso todo tempo, e assim ficam sufocadas, perdem o prazer nas coisas de Deus porque colocam seu amor no mundo e são influenciadas por ele. Muitos jovens ainda têm o coração sufocado porque não têm paixão por Cristo, ou a paixão está pouca. Aquilo em que gastamos mais tempo e investimos nosso coração é o que tem valor para nós. O mundo tem tentações, coisas que nos fazem encher os olhos, todavia não devemos nos deixar levar por elas. Se você sempre está assediado pelo mundo, é porque está faltando paixão em seu coração pelo Senhor. Você não precisa ficar sufocado pelas coisas desta vida, não pode deixar que seu coração fique cheio das coisas deste mundo. Analise quem ou o que influencia você.
4 – Não temos alvos definidos
Quem não tem alvos para seguir já está perdido antes mesmo de sair. Não queira nada que seja passageiro, não invista em nada deste mundo, mas naquilo que é eterno. Precisamos de alvos bem definidos para nossa vida, pois a falta deles é um dos motivos que levam à perda da paixão e do fervor. Infelizmente, alguns irmãos são bênção, são homens e mulheres de Deus, mas não têm foco, não têm alvos, não têm visão, por isso não chegam a lugar algum. Se não tivermos alvos, chegaremos ao fim sem ter feito nada. Precisamos ter foco. Os alvos nos levam a pagar um preço. Deus o chamou e você respondeu. Não reclame, pois, do preço que você tem de pagar. Mude sua postura. Valorize o que é prioridade em sua vida e rejeite o que não é. Quando temos alvos, somos motivados a orar, a buscar a Deus. Não temos muitas coisas em Deus porque não somos focados.
Quando nos apaixonamos pelo Senhor, tornamos-nos fervorosos de espírito. Temos de ser apaixonados por Jesus para começar qualquer projeto em Deus. Se formos apaixonados pelo Senhor, vamos contagiar outras pessoas. Depois que pregou, Jesus influenciou Seus discípulos. Quando Jesus morreu, depois de um tempo, Seus discípulos tiveram revelação de que Ele era apaixonado pelo que fazia, pelo que pregava, e esta paixão O consumia de tal maneira que Ele deu Sua vida por isso. Os discípulos de Jesus morreram pela mesma causa que Ele, porque eles eram apaixonados pelo que faziam. Quando alguém é fervoroso de Espírito, sua obra não morre. Os discípulos continuaram fazendo o que Jesus fez. O principal foco deles foi a paixão. Quando há paixão, não se perde o foco.
Por:PR FRANCISCO VASCO

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